Nos dias de hoje é difícil ter à mão uma boa galinha caipira, daquelas que passam o dia ciscando no terreiro e têm a carne com sabor mais forte. Segundo o pesquisador Élsio Figueiredo, menos de 1% do plantel de aves do país (quase 500 milhões de cabeças) é composto desses animais. Porém, para esses apreciadores, ele sugere a “caipira melhorada”, uma ave que vive em regime semiconfinado e atinge 2,5 quilos (peso de abate) em 85 dias. A legítima demora seis meses, e a de granja 45 dias. Com um valor maior em comparação ao frango convencional, mas a carne é tratada como uma iguaria pela gastronomia. “Nesse caso, o produto não tem de concorrer com preço”, analisa.
As amigas cozinheiras esclarecem que não pretendem por um fim aos frangos vendidos em supermercados ou ao consumo tradicional deles. Elas só não aceitam a padronização do gosto. Por isso, buscam nos hábitos do passado uma forma de revolucionar o presente.
Serve: 6 a 8 porções
Tempo de preparo: cerca de 1 hora
Dificuldade de preparo: fácil
Ingredientes:
- 1 galinha caipira limpa e cortada em pedaços
- 4 colheres (sopa) de óleo
- 4 dentes de alho socados
- 2 pimentas dedo-de-moça, sem sementes e picadas
- 1 colher (sopa) rasa de sal
- 1 colher (sopa) rasa de colorau
- 1 cebola picada em rodelas
- 1 xícara (chá) de cheiro-verde picado
Como fazer:
Numa panela de ferro, aqueça o óleo e doure o alho. Junte todos os pedaços de frango (reserve apenas o fígado) e o sal. Refogue até dourar, mexendo de vez em quando com cuidado. Junte o colorau e mexa devagar. Despeje água quente aos poucos, à medida que o líquido for secando, até a carne ficar macia (40 minutos ou pouco mais, dependendo da idade da ave). Acrescente o fígado reservado, a pimenta e a cebola. Cozinhe por mais dez minutos, juntando mais água, se for preciso, para formar um molho grosso. Desligue o fogo, coloque o cheiro-verde e sirva com arroz, polenta ou macarronada.
JANICE KISS/GLOBO RURAL